Não toque na desgraça! Deixe-a
intacta.
Carniçaria exposta ao sol fede
até extinguir-se, mas se acaso a possibilidade do toque se concretize no processo
de putrefação, a carne pode feder ainda mais.
Portanto, deixe-a isolada até que
perca sentido conceder atenção ao que passará ao que deixará de ser. É tão nulo
doar-se à desgraça, ora! Ela já está feita,
pronta ao banquete da angústia.
Se acaso a mão fraquejar e se o
sangue impelir aos nervos exigindo uma ação: não aja.
Melhor ignorar a fetidez da desgraça! Fugir do infortúnio
em ato de covardia. Há de incomodar em menor proporção até nunca ter existido.
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