quinta-feira, 27 de agosto de 2020

o que é amor?

acho que é quando a gente se depara com a foto da pessoa atraída e para. aí fica um sorrisinho frouxo e gostoso como se fosse até bom contemplar sua figura. e é. só que não me engano: amor é construção. essa voz racional tenta dialogar comigo, pois digo e não brigo, que porra é essa que estou sentindo?


sei que amor é um trem grande demais para caber no espectro do amor romântico.
eu mesmo já amei demais mesmo tão jovem. amei seres, coisas, lugares. sorrisos. cabelo e etc. 
atualmente, digo, de um ano e meio para cá tenho sentido a forte necessidade de construir o amor próprio. não tenho tantas certezas quanto ao que objetivo com isso, mas sei que é preciso amar a si, criar estima por si, buscar aprender por si, estar só e sólito, afinal a realidade é essa, o eu, o só, o sólito, a solidão e todas as variantes semânticas que expressam a individualidade do ser humano, a subjetividade, quem sou, como sou, como posso ser, o que quero ser, o que posso ser, o que é ser. o movimento aqui diz respeito às inconstantes questões que movimentam a trajetória da existência, pelo menos da minha.
a inquietação movimenta. a dor movimenta. a raiva movimenta. a felicidade movimenta. a morte movimenta. a vida movimenta.
O amor também movimenta.
O amor em todas as suas particularidades é um movimento. 
Por isso, me amo. 
Te amo e amo um pouco de tudo.