quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

 "Caminhar até os pés doer e o coração ficar curado..."

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Em busca da cura.

Da paz.

Da melhor forma de habitar a minha pele.

Que o tempo ensine. Que o tempo nos leve.

Que eu aprenda a caminhar com calma e humildade.

Eu quero me olhar no espelho de dentro e gostar do que sinto.

Em busca do acreditar que essa tempestade vai passar.

De que vou crescer. 

Que a liberdade seja o norte da caminhada.

Eu quero me curar de mim.

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

necessidade de cura

Vim pela necessidade de vomitar esse sentimento amargo que sobe à boca quando penso no tempo que perdi, na vida que depositei nos lugares e pessoas erradas.
Vim pela necessidade de cura. De autocurar. De me constituir de novo diante dessa dor. 
Abro em mim o processo de cura, pois não quero guardar essa dor dentro de mim. Quero escancará-la. Quero estancar a ferida. E quero poder viver em paz. 
Pelo direito de viver em paz, uso as palavras para curar.  

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

 Eu sinto muito.

Eu sinto tanto que meu corpo tem reagido de uma forma muito negativa. Eu me frustro mesmo sabendo que isso só potencializa os sentimentos negativos que me causam tão mal. Eu deveria estar escrevendo minha dissertação. Eu deveria estar planejando aulas. Eu deveria estar tendo conversas importantes com o Douglas.

 A ansiedade combinada com a depressão me fazem sentir como se eu estivesse com os pés fincados na areia movediça que só existe no peito. Que só existe no meu pensamento. Tentar ser racional em uma fase tão difícil como essa tem sido o maior exercício que tenho praticado. Acontece é que estou cansada. A sensação é de cansaço mesmo em dias que parece que só fiquei deitada tentando anestesiar os conflitos.

Talvez eu tenha acordado ruim hoje porque não tenho chorado. É meu corpo querendo colocar pra fora o que tenho guardado. Poxa, eu só preciso chorar tudo que preciso e chegar ao estágio de me acolher porque no fundo eu sinto que essa hora do acolhimento precisa chegar de mim mesma. Eu me julgo até de ficar deitada. Agora mesmo interrompi meus estudos para desabafar isso aqui e já estou me sentindo culpada. Por que a culpa pesa tanto? Por que eu me sinto tão sozinha? Por que a fuga tem ocupado meus pensamentos? Não é isso que desejo para minha vida. Estou desde ontem olhando as situações que me cercam - desde as mais corriqueiras até as mais aleatórias-, e eu tenho sentido uma profunda tristeza. Parece que nada tem vida perto de mim. Pelo menos é essa a sensação de uma pessoa ansiosa. Só que eu não queria estar assim e parece que quanto mais eu não quero ficar assim, mais assim e
eu fico. Meio ensimesmada.

A culpa é um bagulho muito doído! Ela paralisa. Ela cansa e nos faz dizer coisas horríveis para nós mesmos. Eu quero dissipar a culpa porque sinto que a cura para esse momento difícil vai acontecer quando eu aprender a lidar melhor com os sentimentos negativos. Eu preciso parar de lutar contra mim. Preciso ser minha amiga de verdade ao ponto de entender meus limites e respeitá-los. Parar de cobrar de mim e da vida aquilo que eu nem sei. Eu nem sei de amanhã porque eu mal sei de hoje. Eu só quero parar de escolher o pior lado para estar porque eu preciso começar a construir a minha visão das coisas de uma forma mais genuína. 
eu não sou minha ansiedade! eu não sou minha depressão! eu não sou minha ansiedade! eu não sou minha depressão! eu não sou minha ansiedade! eu não sou minha depressão! eu não sou minha ansiedade! eu não sou minha depressão!


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feita de água, então água sou. 

não importa se doce ou salgada, importa o movimento. importa seguir. importa olhar para a frente e se permitir.

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quinta-feira, 27 de agosto de 2020

o que é amor?

acho que é quando a gente se depara com a foto da pessoa atraída e para. aí fica um sorrisinho frouxo e gostoso como se fosse até bom contemplar sua figura. e é. só que não me engano: amor é construção. essa voz racional tenta dialogar comigo, pois digo e não brigo, que porra é essa que estou sentindo?


sei que amor é um trem grande demais para caber no espectro do amor romântico.
eu mesmo já amei demais mesmo tão jovem. amei seres, coisas, lugares. sorrisos. cabelo e etc. 
atualmente, digo, de um ano e meio para cá tenho sentido a forte necessidade de construir o amor próprio. não tenho tantas certezas quanto ao que objetivo com isso, mas sei que é preciso amar a si, criar estima por si, buscar aprender por si, estar só e sólito, afinal a realidade é essa, o eu, o só, o sólito, a solidão e todas as variantes semânticas que expressam a individualidade do ser humano, a subjetividade, quem sou, como sou, como posso ser, o que quero ser, o que posso ser, o que é ser. o movimento aqui diz respeito às inconstantes questões que movimentam a trajetória da existência, pelo menos da minha.
a inquietação movimenta. a dor movimenta. a raiva movimenta. a felicidade movimenta. a morte movimenta. a vida movimenta.
O amor também movimenta.
O amor em todas as suas particularidades é um movimento. 
Por isso, me amo. 
Te amo e amo um pouco de tudo.