segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

De costas para o tempo que é para ver e vento, ouvir o canto, ver as nuvens em sua gloriosa função de mudar de forma constantemente. Observar a cor e sabor da vida.
De costas à pressa por hoje, sem essa de engolir o tempo, quero apenas degustá-lo.
De costas ao tempo para que o mesmo não devore os detalhes.
Que seja ritmada a vida de acordo com a simultaneidade.
De costas para o caso traçado, sem essa de destino, saber sempre seguir os passos que jamais serão certeiros.
O acaso é saboroso, esse sim é o caso.
Novamente de costas para o címbalo do relógio que empurra vidas e vidas diacronicamente como se o tempo, tempo de espera não tivesse.
Címbalo que embala a vida de tantos e eu tão pequena não consigo ter pressa.
De costas para a pressa!
Maldito tintilar de ponteiros que devora sem pudor a rotina dos fracos cansados.



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De frente para o céu que em sua gloriosa calmaria, não me devora com fome, apenas me elucida azulmente.
Povoando uma vida movida a detalhes.

09/09/2014.


(Escrito em folhas diferentes em um transtorno desigual, ou igual?)

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